10ª TRANSPORTUGAL GARMIN 2012




O mais longo desafio:

Mais um desafio superado. A 3 de maio, um autêntico dia de inverno rumamos a Bragança para dar inicio aos preparativos daquela que se viria a tornar uma das nossas melhores aventuras vividas em ambiente desportivo, estamos a falar na melhor prova de BTT a nível nacional e talvez mesmo a nível internacional, a 10ª TransPortugal Garmin 2012, que ao longo de 9 dias nos levou a conhecer paisagens deslumbrantes e pessoas maravilhosas. Esta corrida que contou com alguns dos melhores atletas nacionais e internacionais, profissionais e amadores, que testaram e levaram até aos seus limites todos os esforços para chegarem ao fim desta grandiosa prova. Nem todos conseguiram a proeza de fazer e completar todas as etapas, mas no final o banho na costa algarvia foi para todos, porque afinal…todos merecem. Durante 9 dias os kms foram muitos, quase 1200 kms, Bragança – Freixo de Espada Á Cinta (142 kms), Freixo de Espada Á Cinta – Guarda (110 Kms), Guarda – Unhais da Serra (114 kms), Unhais da Serra – Monfortinho (105 kms), Monfortinho – Castelo de Vide (144 kms), Castelo de Vide – Monsaraz (162 kms), Monsaraz – Albernoa (133 kms), Albernoa – Monchique (137 kms) e por fim, Monchique – Sagres (99 kms). Pelo percurso os obstáculos foram muitos, sem mencionar as dificuldades de cada etapa, São Pedro brindou-nos com o seu humor, tendo sido várias as condições climatéricas que dificultaram ainda mais os caminhos a percorrer, chuva, frio, vento, nevoeiro e calor de “rachar” foram para alguns, inimigos e para outros, uma mais-valia pois esta prova conta com atletas de várias nacionalidades (Nova Zelândia, México, Estados Unidos, Canada, Brasil, Africa da Sul, Japão, Portugal, isto para mencionar apenas algumas). Nós estivemos presentes, e fizemos parte do staff deste magnífico evento onde nos foram atribuídas várias funções, a principal era tratar, preparar e recuperar o físico dos muitos atletas para a etapa seguinte. O nosso dia começava com o apoio às partidas por parte da Helena, seguindo-se depois o controlo de passagem (checkpoint) normalmente entre o km 50 e 70, onde se fazia o registo de passagem de cada atleta (numero dorsal e tempo), de seguida dirigíamo-nos para a meta que estava montada no local onde iriamos pernoitar e dávamos inicio á tarefa principal que era efectuar massagens de recuperação, que se desengane aquele que pensa que vai participar num evento destes para andar a passear, o trabalho é árduo mas torna-se fácil quando se faz o que se gosta e se está inserido numa excelente equipa que tudo faz para superar as expectativas dos participantes. Neste ambiente de grande convívio e interajuda entre participantes e organização chegamos ao último dia onde um misto de emoções de tristeza e alegria nos invadiu, por entre algumas lagrimas, abraços e palavras que nos tocaram profundamente, lá nos fomos despedindo e desejando um até breve, amigos. Pareceu-nos que afinal, ninguém queria ir embora, queriam sim continuar por mais outra semana.

Deixamos aqui um especial agradecimento á Ciclonatur, e ao Alfredo Saboga.

A todos desejamos um até breve…..

Reportagem de Rui Queixada e Helena Pereira (Equipa de Fisiomassagem do Alvitejo)



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